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São tantas perdas para lamentar; tantas lágrimas secas pela estiagem consciencial no meu país. Mas é vida que segue (que sofre e se alegra); é a entrega do sangue que deve correr enfim, para que a vida venha viva (impávida e forte), socorrendo toda a dor que exista para sentir. A sabedoria revela que somente a saudável distância temporal traz uma reflexão menos conveniente (e mais isenta) dos fatos que se pretende analisar. No futuro que será alcançado por esse distanciamento sadio, os vindouros filósofos, sociólogos e pensadores talvez estejam imersos no processo de compreensão do que aconteceu naquelas primeiras décadas do século 21, quando o mundo civilizado pelas tecnologias da informação e pelo consumerismo comportamental, regurgitava suas idiossincrasias de ódio e preconceito, antes velados no íntimo das consciências.

Palavras-chave: Sombra, pessoa, sabedoria.

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