EDITORIAL
A conjuntura política brasileira configura a cada dia o retrato sempre mais nítido de retrocessos sociais e políticos. As conquistas sociais de décadas estão sendo dissolvidas a golpes rápidos, sem qualquer cálculo das consequências imediatas e futuras para a nação, particularmente para os segmentos sociais empobrecidos. O critério absoluto dos ajustes econômicos se sobrepõe a qualquer outro que proteja minimamente a cidadania e o bem-estar social. O Estado vendido ao capital transnacional revela sua fraqueza e subserviência. Nesse processo, as próprias ideologias de esquerda que orientaram partidos que ocuparam o poder se mostraram vendidas às pressões do mercado e do dinheiro. Mesmo que esses tenham avançado nas políticas sociais, terminaram por reproduzir a mesma regra do jogo do dinheiro que compra e corrompe as instituições e os postos de governo. O poder onipotente do dinheiro constitui não somente uma divindade sedutora dos desejos individuais, mas uma força capturadora dos regimes e dos projetos socialmente nobres. A crise das esquerdas espalhadas pelo continente latino-americano expõe a força do capital financeiro que governa o mundo em seus quadrantes e se sobrepõe às soberanias locais e às intenções políticas de renovação das velhas práticas das elites políticas tradicionais. Se, ideologicamente ainda é possível distinguir projetos políticos renovadores e conservadores, de direita e de esquerda, do ponto de vista da gestão da coisa pública, as práticas corruptas nivelam a todos na vala comum da força do dinheiro e na casa comum do grande sistema capitalista financeiro e improdutivo.
As crises políticas dos países latino-americanos, para ficar mais próximo de nós, não podem ser separadas da conjuntura econômica mundial, em que a força do capital transnacional se impõe como regra política e cultural para todas as nações. Não se trata, portanto, tão somente de condutas imorais de lideres partidários, de governantes, de legisladores e de magistrados, mas de consciências corrompidas – compradas e vendidas – por um sistema que funciona com eficácia e inclui imoralmente a todos. Vivemos, nesse sentido, a mais perversa de todas as inclusões: a que compra o sonho dos pobres cunhado nas bandeiras dos governos chamados populares. A imoralidade política que habita a rotina de nossos países é somente a expressão da imoralidade do mercado globalizado; conta em cenas trágicas que o mercado venceu e com-prou a todos com sua força sedutora: o dinheiro. Fora do mercado não há ideologia capaz de fecundar, governo capaz de governar e desejo capaz de saciar-se. E nessa conjuntura todos gritam de indignação contra os efeitos, mas jamais contra as causas. A grande mídia patrocina a indignação contra os políticos corruptos, particularmente contra os de ideologia de esquerda. Embora a corrupção seja evidentemente o resultado explícito da força sedutora do dinheiro, não se expõe o nexo simples entre: dinheiro-empresas-corporações-mercado-capital financeiro. A individualização e a partidarização dos crimes de corrupção escondem esse nexo elementar, afirmando que a sujeira das mãos é um efeito sem causa, uma espécie de sujeira que vem da pura decisão dos indivíduos sujos, isolados fora de um sistema corruptor. Os crimes são individuais e individualizados e o sistema corruptor isentado de qualquer vínculo e responsabilidade com os efeitos. Não se trata evidentemente de isentar os corruptos de suas responsabilidades, mas de enxergar o conjunto maior onde tudo e todos se inserem, os de direita e os de esquerda; conjunto que tem nome e regra, embora não tenha endereço preciso por constituir um sistema mundializado, tão abstrato quanto real, tão vital quanto mortal.
O golpe que conduziu Temer à presidência escancara essa lógica e todos os aspectos. De um lado, a inequívoca venda ao dinheiro das empresas, do capital que pretende governar com todas as forças a seu favor, desprezando o valor do social e, de outro lado, a absolvição do personagem representante da direita protagonista do mesmo capital. Evidentemente o presidente empossado por vias duvidosas é a ponta do iceberg de uma lógica bem arquitetada das elites econômico-financeira que, recuadas pelos rumos sociais dos governos anteriores, trouxe à luz a rotina administrativa do governo, há décadas guiada pelas grandes empresas. A política dos escândalos construiu uma das mais fenomenais deslegitimação da esquerda com todos os seus projetos de mudança social. O arremate final com a prisão do presidente Lula revela a parcialidade do judiciário vendido às elites e que atropela até mesmo as vias constitucionais rejeitadas na aplicação ao caso. O critério político-eleitoral exposto aos olhos de quem quer ver fez do julgamento mais uma cena pública de luta ideológica, lamentavelmente da parte do poder que deveria primar-se pela isonomia dos juízos e sentenças. À esquerda à lei? Antes fosse a lei em sua literalidade aplicada aos inimigos das elites. Na verdade: aos inimigos a manobra da lei.
As utopias e as políticas sociais foram lançadas no inferno da corrupção juntamente com seus protagonistas. E para quem entra no inferno não há mais esperança: “Deixai toda esperança, vós que entrais”. Escrita na porta do inferno essa frase fazia Dante temer e dizer que eram “palavras duras”. Ao que Virgílio responde: – Não tenhas medo – respondeu Virgílio, experiente – mas não sejas fraco! Aqui chegamos ao lugar, do qual antes te falei, onde encontraríamos as almas sofredoras que já perderam seu livre poder de arbítrio. Não temas, pois tu não és uma delas, tu ainda vives.
A desesperança política em que nos encontramos, da qual não escapa, em boa medida, nem mesmo muitos sujeitos conservadores, revela, de um lado, os efeitos deletérios do capital internacional onipotente (tirano), onipresente (globalizado), transcendente (volátil) e sedutor (divino), de outro, o grito das almas lançadas no inferno sem luz que permita apontar uma saída, ou sequer, sonhar com uma coisa nova qualquer. O ano que avança é, de fato, de escuridão e bruma em termos de presente e de futuro. Ano eleitoral sem rumo e sem utopias comuns. Restarão, com certeza, as ofertas pequenas de utopias individualizadas e imediatas por parte dos que se apresentarão como salvadores da escuridão. O consumo imediato do último produto capaz de oferecer bem-estar vai reger as propagandas políticas a atrair consumidores ávidos de satisfação, de soluções rápidas e de garantia de bem-estar. A lógica do mercado vai operar mais uma vez, agora como consolo da tragédia política, como redenção das consequências maléficas das esquerdas e como anúncio do paraíso aqui e agora. A alienação política atingirá certamente seu auge histórico nessa conjuntura de desespero para todos: para os que perderam suas esperanças sociais e para os que terão que fabricar novas esperanças como factíveis e benéficas para o país. Afogadas no lago de fogo do capitalismo globalizado, as almas gemem por algum consolo que não virá em forma real, senão somente como promessas de caixeiro viajante.
Seria bom se fossem reais as palavras de Virgílio: Não temas! Não seja fraco! Você não é uma dessas almas aflitas! Você está vivo! Não visitamos o inferno de fora, mas estamos de fato dentro dele. E será de dentro da crise que construiremos as saídas, mesmo que construindo escadas com pedregulhos. É de dentro do fracasso que construiremos novas saídas sem qualquer receita que já conhecíamos como boa e eficiente. Nosso livro de receitas políticas foi incinerado nas chamas do inferno do capital e teremos que criar novas receitas com todo o labor do tempo que intui, pensa, experimenta e formula. E só é capaz de recomeçar que tem consciência de que as coisas terminaram. Tomar consciência do inferno constitui o primeiro passo da libertação possível. Não nos podemos alimentar de falsas esperanças, nem daquelas pequenas e urgentes, nem das grandes que desenham largos horizontes. É necessário também distinguir as pequenas das grandes esperanças. A lógica do consumo que guiará os discursos políticos será a da oferta de pequenas esperanças travestidas de grandes. Será a lógica do consumo imediato que promete felicidade, previne Lipovetsky. O rapto da grande esperança é o começo do inferno que reduz tudo ao bem-estar imediato do eu na instantaneidade da satisfação efêmera que clama novamente por maior satisfação com menor esforço. As narrativas de Eva e Adão e de Narciso contam o resultado dessa opção individualista, imediatista e hedonista.
Qual será a grande esperança irredutível aos varejos políticos? De onde ela brotará de novo? O momento histórico exigirá como nunca consciência da realidade infernal e das falsas promessas e olhar na grande esperança que pode criar novos horizontes políticos quando esses foram esgotados na dinâmica da história. Cada qual terá que “se virar” como pode nessa árdua tarefa de enxergar para além da escuridão? A serpente continua viva e atuante na terra dos homens com suas seduções astutas. As esquerdas comeram do novo do fruto proibido: belo aos olhos e atraente ao paladar. E como Adão e Eva ainda não o vomitaram. Mas, diferentemente deles, parece que ainda não descobriram que estão nuas. De fora do paraíso ou no próprio inferno a consciência da realidade é processual, vem pela experiência de cada passo dado e do labor de buscar de novo nas reservas da grande esperança os elementos que ajudam a resistir e a alentar a dor imediata, combustível para as lamparinas que iluminam com grandes limites o pedaço de tempo e de espaço em que nos encontramos na história atual. Do ponto de vista da fé cristã, na grande tribulação afirmamos a grande esperança. O cristianismo tem seu nascedouro nesse paradoxo: desespero na esperança. A inseparabilidade entre cruz-ressurreição é o cerne da fé cristã, sempre pascal, sempre em passagem, sempre em reconstrução. Certamente é pedir muito do ponto de vista político referenciar-se por esse horizonte tão fundamental e, por isso mesmo, distante das mediações históricas. Porém, no meio-termo temos a configuração mais concreta do Reino de Deus, dom que vem com o Nazareno, para os cristãos, o Filho de Deus, para outros um grande profeta e, até mesmo, um grande líder da humanidade. O Reino nos situa entre a transcendência da salvação e a vida concreta com suas pequenas e grandes tribulações. A grande esperança desenhada nas imagens do Reino pelas pregações de Jesus nos permite orientar a história. Voltar-se para o Reino é possibilidade e tarefa permanente para o cristão, para que não se engane e não desanime. Buscar primeiro o Reino é a ação macro que, por conseguinte, faz nascer tudo o mais. “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça e tudo o mais vos será acrescentado” (Mt 6,33). A verdadeira esperança cristã que procura o Reino escatológico gera sempre história (EG 181). A reserva escatológica irredutível ao tempo e ao espaço sempre limitados é carregada de vigor, de valores e até de imagens do que deve ser a humanidade em sua peregrinação rumo ao bem comum, bem universal, bem absoluto. Dessa fonte inesgotável podemos beber de novo, mesmo quando pensamos que havíamos conquistado tudo ou quase tudo. A história corrói os ideais e as práticas políticas com sua implacável rotina que tende a ajustar tudo e todos nos esquemas mais fáceis de viver e de conviver; faz o teste da eficiência dos ideais que um dia adquiriram mediações institucionais, como projetos desejáveis e viáveis, como ordenamentos possíveis e como organizações administráveis. Mas faz também a pragmática do poder que pode cristalizar-se nas mãos de alguns que se tornam donos das estruturas e dos processos. O capitalismo mundializado devora todas as esperanças com seu espírito e mecanismo de promessas imediatas e “concretas” e mata com suas armas econômicas os sistemas que fugirem de suas regras. O dinheiro que gera dinheiro para alguns donos principais, para alguns donos parceiros e para todos os que participam de longe com suas migalhas aplicadas, está estabelecido como sistema tão invisível quanto presente, tão inocente quanto maléfico. A sua política oculta age como causa primeira que gera todas as outras, como sujeito impessoal que move sem ser movido todos os produtos bons e belos da vida atual e como fim que submete todas as mediações políticas instituídas como autônomas na ordem das coisas públicas. Esse é o verdadeiro espírito do capitalismo atual ao qual se vinculam todos os corpos políticos que por ele são movidos; espírito que sopra onde quer, sem considerar as condições locais, espírito que move a produção e o consumo, espírito que gera a vida social e política, espírito que, se for retirado, produz a morte. Eis a profissão de fé global, declarada na prática e nas teorias neoliberais. Essa pneumatologia do capital transnacional inverte o real com implacável eficiência, na medida em que oferece a morte da humanidade e do planeta como se fosse vida; na medida em que isola os indivíduos como se fossem iguais e que promete felicidade imediata, quando tudo submete à mais veloz caducidade.
O espírito do capitalismo atual é dessocializador e despolitizador; liquidifica e dispensa todas as consolidações devotadas ao bem comum e estruturadas a partir de finalidades éticas. O absoluto do presente sacraliza o efêmero como kairós salvífico que dispensa as tradições do passado e as utopias de futuro. A felicidade imediata do bem-estar impera como onipotente. Já não se trata mais de esperar pelo melhor, mas de usufruir imediatamente dele; não há mais um imperativo maior a que todos devam acolher e praticar, mas o imperativo do eu satisfeito; não existe verdade que permita julgar o presente do ponto de vista ético e político, apenas os juízos que circulam pelas mídias de tempo real como indignação e sentença final. A esperança preserva o que pode ser traduzido historicamente em projetos políticos, mas renega o que consome na efemeridade do presente os grandes valores que amparam a “casa comum”. Na crise dos projetos e das mediações políticas, sobram as reservas da esperança, agora desvestidas de todas as ilusões e de todas as práticas experimentadas e, em boa medida, falidas. Resta no momento a esperança pura da humanidade renovada; esperança que brilha e atrai como estrela guia e que germina como semente resistente. O risco das saídas conformistas e conservadores rondam reiteradamente os tempos de crise. Muitos já trilharam esse caminho mudando das posições extremas da esquerda para a direita, da defesa da revolução para a preservação integrista. De igual modo se mostram emergentes os messias que oferecem salvação imediata e solução de todas as contradições. Esse costuma capturar as esperanças populares com apoio dos que pretendem preservar-se no poder por meio das estratégias de espetáculos trabalhadas pelas mídias. A esperança cristã não permite acolher nem messianismos que proclamam as soluções completas das contradições históricas, nem os conservadorismos que descartam as mudanças e nem os conformismos que dispensam discernimentos e ações. Ela é parâmetro último que gera valores e provoca decisão e ação na direção do novo viável dentro da história. A consciência esperançosa é crítica das situações e propositiva de ações; é consciência aberta para o novo e realista em relação ao possível; é consciência ética que busca o comum e vence todas as seduções de autocentramento.
O cenário de 2018 que nos aguarda clama por consciência crítica. As ilusões ingênuas, as desilusões paralisantes, os pragmatismos imediatistas não poderão conduzir o processo, mesmo que sejam as posturas vendidas diariamente pelas mídias, pelos partidos e pelos candidatos. A esperança acorda os sonhos e permite começar de novo dentro do possível que as conjunturas históricas nos oferecem. O possível é sempre aquém, sempre pequeno e transitório. Mas é o modo concreto de encarnar os sonhos e praticar os valores maiores que vêm da esperança, da fé e da caridade. Toda absolutização do relativo corre o risco de ser idolátrica por consumir em sua contingência a reserva necessária de valores que contém o Reino. O Reino de Deus é o nome concreto da esperança cristã e mostra em sua dinâmica que, na verdade, não estamos nem no inferno nem no paraíso, mas na terra; o Reino é grande e atravessa o tempo e o espaço da vida humana, mas já está presente como pequena semente que pode germinar. O grande é viável, está dentro de cada um de nós como dom a ser cultivado. É o grão de mostarda que pode crescer, nos ensina o Evangelho (cf. Mt 13,31-32). Não podemos possuir todo o Reino que se recua até o escatológico como realidade transcendente e absoluta, mas podemos traduzi-lo sempre em cada conjuntura, na medida em que avançamos para além dos interesses egoístas de cada indivíduo, de cada classe social, de cada nação... Esse movimento centrífugo é permanente na ética social cristã. O Reino fornece o rumo e os valores que o alimentam e direcionam. A tradução política atual dessa fé afirma que devemos pensar globalmente e agir localmente, pensar localmente e agir globalmente. A tensão entre o grande e o pequeno, entre o já e o ainda não, entre o sonho e a realidade, faz parte da alma humana saudável e da humanidade viável. O cristão anseia por aquilo que está além das conjunturas, ainda que essas sejam realizações dos ideais mais nobres. As conjunturas são construções situadas no tempo e no espaço e sempre sujeitas aos desgastes inerentes a essas condições. A cada desgaste deverá haver uma renovação, a começar pela renovação dos ideais políticos que desenham os projetos concretos. Na esperança do Reino não há fim da história, nem nos momentos de êxito, nem nos momentos de crise. A renovação da historia é permanente porque os seus fundamentos não se esgotam. Toda conjuntura estará sempre em dívida com a comunhão plena feita de diversidade e de unidade, de liberdade e de igualdade e de satisfação e limites. Ciberteologia chega neste ano político com suas provocações interdisciplinares e inter-religiosas e interculturais, expressas em seus Artigos e demais Seções. No transfundo político nacional discorrem duas temáticas que configuram dois blocos fundamentais: aquela propriamente político-eleitoral e a questão da educação religiosa. Sobre a primeira, quatro Artigos abordam a questão nas perspectivas da análise conjuntural e de critérios ético-teológicos. Sobre a segunda, vale recordar que nesse espaço os debates e estudos sobre o Ensino Religioso foram sempre bem-vindos e compuseram variadas pautas de problematização e sugestão de paradigmas. A decisão do Supremo Tribunal sobre a legalidade da confessionalidade do ensino religioso nas escolas públicas se mostra como uma verdadeira questão disputada dos estudos de religião de agora em diante. Nesse número, Ciber dá início a esse relevante debate por meio de alguns Artigos. Dois deles focam o aspecto legal e outros se dedicam à temática mais geral das relações entre educação e religião. A seção Notas oferece reflexões sobre o negro e religião em um artigo referente ao estudo sobre o Quilombo de Brotas. Ali se resgata um texto de valor histórico sobre o julgamento de Jesus, Artigo publicado na Revista dos Tribunais (RT) 256, de fevereiro de 1957. O jurista Ruy de Azevedo Sodré examina com referenciais técnico-jurídicos o julgamento de Jesus de Nazaré, expondo os equívocos do mesmo. Nessa seção merece destaque o discurso pronunciado pelo eminente teólogo Juan José Tamayo na Universidade Carlos III de Madri, por ocasião de sua aposentadoria naquela instituição. A temática discorrida, “utopias e distopias”, vem, a propósito, enriquecer o discernimento sobre o momento em que vivemos em nosso país, o que o presente número pretende precisamente oferecer como modesto contributo. Na seção Notícias registram-se dois levantamentos realizados pelo Professor Fernando Altemeyer, observador sempre alerta, referentes aos novos cardeais nomeados pelo Papa Francisco no último consistório e ao quadro atual do episcopado brasileiro. Nessa se reproduz também a notícia publicada pelo Vatican News sobre a “renúncia” do episcopado chileno. O episcopado colocou, na verdade, seus cargos à disposição do Papa, após reuniões em busca de reparação da Igreja sobre os casos de pedofilia envolvendo membros do clero naquele país. A seção Documentos apresenta a Carta oficial daquele episcopado ao Papa. O leitor crítico e indignado poderá julgar com critérios mais objetivos os fatos lamentáveis. Em Saídas e Fronteiras está disponibilizado o Documento Final da reunião pré-sinodal sobre o Sínodo da Juventude que acontecerá ainda este ano em Roma.
O leitor perceberá o novo formato de Ciberteologia. A cara nova adotada quer contribuir com a comunicação mais ágil e acessível das reflexões e informações disponibilizadas nos Periódicos dessa nova fase digital. Esse número é particularmente carregado de apelos da realidade atual. Em nome do discernimento dessa realidade e da esperança de dias melhores para o mundo, para o Brasil e para a Igreja, essa nova Ciber chega até seus leitores. Sempre alertas, combatamos o bom combate pela causa da verdade que liberta!
João Décio Passos - Editor