
Teologia na universidade, como convém
Imagem: Pixabay
Jorge Luis Borges afirmou certa vez que “todo homem culto é teólogo”. Um elogio e tanto, vindo de quem veio, não fosse a desconfortável conclusão da frase: “e para isso não é necessária a fé”. Evidentemente, o desconforto não será sentido nos ambientes já tocados pelo que às vezes é chamado de pós-moderno. É o caso de Gianni Vattimo, para quem a morte do Deus moral-metafísico, anunciada por Nietzsche, é uma dissolução da qual “renasce a abertura para a experiência religiosa por parte do pensamento filosófico e, ainda, da cultura e da mentalidade coletiva das nossas sociedades”. Vattimo vai além: “a secularização... é um fato interno à história da religiosidade do Ocidente”, cuja vocação histórica consiste numa experiência religiosa caracterizada por “uma longa ‘matança’ de Deus”4 – uma marca da denkform ocidental desde que os antigos cristãos seduziram o Império Romano com sua síntese da espiritualidade monoteísta radical judaica traduzida nas categorias filosóficas gregas.
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